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quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Mensagem (3): O perdão a si mesmo

O perdão quando é ministrado produz cura, para quem ministra e para quem recebe. Ele deve ser ministrado o mais rapido possivel para que não nos corroa como um cançer. A bíblia nos faz um alerta sobre o que acontece com aqueles que se deixam dominar pelo rancor. ...nem haja alguma raiz de amargura, que, brotando, vos perturbe, e, por meio dela, muitos sejam contaminados”. (Hb 12.15).

Vamos analisar o perdão.


1° de Deus: O perdão de Deus é o mais simples de receber para ele basta que estejamos arrependidos sinceramente e ponto final. “Eu mesmo sou quem apaga as tuas transgressões por amor de mim, e dos teus pecados não me lembro” (Is 43.25).

2° ao próximo: Não é um perdão fácil de receber e de dar, pois o ser humano é quase sempre egoísta com relação a seus sentimentos, mas quando a sensatez de ambas o perdão pode ser ministrado. A bíblia aconselha que deve partir de nos  este perdão (Mt 5.23-24), (Mt 18.15; 21-22) e (Lc 17.3-4) e o mais rápido possível  pois neste caso o tempo age como agravador da situação (Hb 12.15). A bíblia é bem clara com relação a este perdão  “Se alguém diz: Eu amo a Deus, e odeia a seu irmão, é mentiroso...” (1° Jo 4.20).

3° a si mesmo: É o perdão mais difícil de ser ministrado, pois quando pecamos seja contra Deus ou nosso próximo, muitas vezes ficamos tão decepcionados com nós mesmos que aceitamos o perdão da parte ofendida, mas não conseguimos nos perdoar.

 Vejamos o caso do apostolo Pedro: Em (Jo 21.15-17) Jesus perguntou três vezes a Pedro se ele lhe amava, não que Jesus não que Jesus não soubesse a resposta, Jesus sabia que Pedro lhe amava, nem tão pouco foi para que Pedro lhe compensasse por te-lo negado três vezes (Mt 26.69-75), pois ele sabia que Pedro o negaria e até avisou Pedro disto (Mt 26.24; Mc 14.30; Lc 22.34; Jo 13.38), e quando seu olhares se cruzaram (Lc 22.61) Jesus olhou para ele com ternura como lhe dizendo “eu já sabia, eu te entendo, eu te perdo-o e te amo”. Pedro conhecia aquele olhar de compaixão já o havia visto varias vezes no rosto de seu amado mestre  por isto tenho certeza que entendeu o olhar de Cristo, mas a decepção que sentiu por ter traído seu mestre lhe deixou transtornado, com remorso e um profundo desprezo por si mesmo (Lc 22.62), por este motivo o olhar de Cristo foi tão importante, Jesus não queria que Pedro tive-se a mesma atitude de Judas que o havia traído (Mc 14.44-46) e quando entendeu o que havia feito foi consumido pelo remorso e suicidou-se (Mt 27.4-5). Nota: Cristo também agiu amorosamente com Judas e assim como a Pedro, Jesus avisou Judas que sabia que ele o trairia (Mt 26.25), e que lhe compreendia (Jo 13.27), e que o havia perdoado (Mt 26.50), Judas porem diferente de Pedro não entendeu e tirou a própria vida. Porque a tristeza segundo Deus opera arrependimento para a salvação, o qual não traz pesar; mas a tristeza do mundo opera a morte (2° Co 7.10). Este foi um dos motivos porque Jesus perguntou a Pedro três vezes se ele o amava, para Cristo não era importante uma retratação, mas para Pedro era desta forma Cristo permitiu que Pedro ministrasse o perdão próprio e assim produzir a cura interior. OBS: Pedro demonstrou ter superado o fato de ter negado a Jesus quando falou sobre a crucificação (At 3.13-14) notamos que ele disse que o povo israelita havia entregado e negado Jesus, ele não se incluiu (ele poderia ter dito nós) não se considerava mais um traidor.

Pode acontecer o mesmo conosco, quando falhamos com alguém nos sentimos como Pedro, quem ofendemos  nos perdoa, mas nós ficamos nutrindo a culpa, cultivando ela dentro de nós, passamos muito tempo se não a vida inteira como se devêssemos algo a quem ofendemos,  este sentimento é inútil e imaturo pois na maioria das vezes  quem nós ofendemos já nem lembra mais do acontecido. Digo que é inútil e imaturo pois na grande maioria das vezes este sentimento não passa de um castigo imposto a nós mesmos como forma de compensar quem ofendemos, não é arrependimento é remorso. Devemos, pois entender que quando perdoamos alguém devemos perdoar de todo o coração e quando somos perdoados devemos também receber o perdão do mesmo modo, pois quando há perdão já estamos livres de toda a culpa.
  
Nota: Não raras vezes só nos sentimos melhor quando compensamos o erro de alguma forma (Isto nada mais é do que um mecanismo nosso para nos fazer sentir melhor), quase sempre esta compensação não importa ou não adianta para a parte ofendida, verdade que em algumas situações uma compensação é necessária, mas mesmo nestes casos o que realmente importa é que estejamos arrependidos e isto é o que importa para quem foi ofendido.

O primeiro passo para nós nos perdoarmos é entender que todos inclusive nós cometemos erros, alias como já diz o ditado “Errar é humano”.

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